Thứ Tư, 17 tháng 2, 2016

SeaWorld: o documentário Blackfish e seus efeitos!

Você já ouviu falar no SeaWorld?


É um grupo de Parques Aquáticos de mamíferos marinhos, localizado nos Estados Unidos, o mais conhecido fica em Orlando na Flórida.

Assim como eu, acredito que muitas pessoas deve achar as atrações desses parques magnificas. Os golfinhos e as baleias orcas, são animais dotados de uma inteligência incrível, diante disso nos surpreendem com lindas apresentações. O SeaWorld é muito conhecido por fazer essas apresentações ao público.

Mas será que algum dia você já parou para pensar em como esses animais vivem em cativeiro? Eu também achava tudo lindo, tinha muita vontade de conhecer e ver de perto as apresentações. Porém, após assistir um documentário realizado por Gabriela Cowperthwaite que estreou mundialmente no Sundance Film Festival no dia 19 de janeiro de 2013, minha opinião e minha vontade mudaram completamente.

Blackfish – Fúria Animal, é um documentário perturbador. Em suas primeiras apresentações, chamou a atenção por revelar a crueldade com que as orcas são tratadas. O documentário de pequeno orçamento (US$ 76 mil) e humildes pretenções, arrecadou mais de US$ 2 milhões nos Estados Unidos e foi transmitido na TV CNN visto por mais de 21 milhões de telespectadores, conseguindo transformar a opinião pública sobre uma indústria milionária. Após o lançamento do documentário, ocorreram protestos nos parques de San Diego e Flórida e centenas de internautas participaram de abaixo-assinados contra o SeaWorld. Artistas e celebridades cancelaram aparições e não querem suas imagens ligadas ao parque após o lançamento do filme.

A história é narrada por ex-treinadores do parque, que revelam um show de horrores sobre as baleias que vivem em cativeiro.

O filme conta a trajetória de Tilikum, uma orca macho de duas toneladas. Capturado na Islândia no fim da década de 80, mantida em cativeiro por anos e treinada para o show Shamu, em que ela fazia vários tipos de acrobacias e encenações para divertir a plateia prática comum no SeaWorld. A baleia foi responsável pela morte de diversos treinadores, violência alegadamente gerada pela vida em aquários. A produção também entrevista antigos funcionários dos parques que denunciam maus tratos, como tanques pequenos demais para o porte dos animais, alimentação restrita para deixar os bichos mais “ativos” nas apresentações e diminuição de expectativa de vida por estresse. Ao contrário do que muitos pensam, animais em cativeiros vivem bem menos do que animais que vivem em seu hábitat natural. A orca tem seu tempo de vida como os humanos, porém quando são criadas em cativeiros esse tempo é reduzido em 30 anos.

A orca Tilikum tem se apresentado no SeaWold Flórida, desde 1992 e está ligada à morte de três pessoas. O último caso ocorreu em 2010, quando aconteceu a morte da treinadora Dawn Bracheau, considerada amiga do animal. Foi esse fato que motivou a criação do documentário.

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Mesmo tentando distorcer o que o filme mostrava, a direção do SeaWorld se manifestou meses após a estréia do documentário alegando que os animais são bem tratados, mas mesmo assim muitas coisas mudaram. Os treinadores foram proibidos de ficarem na água com as orcas durante os shows. A frequência dos visitantes caiu para 6% em relação aos últimos anos, as ações caíram 33% em vez dos 7% previstos e a marca perdeu 1,6 bilhões de dólares em valor de mercado.

Pouco tempo após a divulgação dos números, o SeaWorld anunciou o Blue World Project, um plano com uma série de medidas para aumentar o bem-estar dos animais. A iniciativa promete direcionar 10 milhões de dólares para o estudo das baleias e a proteção do oceano, dobrar o tamanho e volume de água dos tanques das orcas, e simular um ambiente mais parecido ao habitat natural delas, com correntes marinhas e faixa de areia. O primeiro parque do grupo a receber essas melhorias será o de San Diego, a partir de 2018.

Os apoiadores de Blackfish não se mostraram convencidos pelos esforços do parque: a organização de direitos animal PETA contra-argumentou que “uma prisão maior ainda é uma prisão”, enquanto Gabriela Cowperthwaite diz suspeitar que o verdadeiro objetivo da novidade seja acolher e promover a reprodução entre novos exemplares da espécie.

A diretora do documentário afirmou diversas vezes que suas críticas eram direcionadas especificamente aos cativeiros de cetáceos – animais marinhos da classe de mamíferos, entre eles baleias e golfinhos. “O SeaWorld está dizendo ‘aqui está um pequeno grupo de ativistas indo atrás da indústria de zoológicos’, mas não somos.” Apesar de não reprovar o uso de animais de menor porte em aquários, seu filme iniciou, involuntariamente, uma discussão mais ampla, criticando as consequências de mantê-los enclausurados por uma vontade humana.

Ao longo dos últimos anos, algumas alternativas vêm sendo propostas para substituir ou acabar com criadouros. A maioria dos ativistas sugere que zoológicos e aquários sirvam somente de centro de reabilitação veterinário para animais doentes, traumatizados ou que, por algum outro motivo, não podem ser reinseridos na selva. Aqueles que funcionam com fins de puro entretenimento, deveriam, segundo eles, ser progressivamente desativados, deixando de comprar novos animais e mantendo os que já estão lá com uma boa qualidade de vida até sua morte. O futuro, nesse contexto? Turismo de observação. “Mergulhar com tubarão no oceano, por exemplo, em vez de levá-lo a um aquário. Esse modelo econômico vem crescendo – as pessoas estão ficando mais conscientes sobre os maus tratos e exploração animal e estão pressionando para que isso acabe. O acesso não é tão fácil, mas no Brasil temos muitas opções”.

Cowperthwaite, diretora de Blackfish, propõe outro modelo mais plausível – um meio termo entre a natureza e um tanque. “O melhor jeito é ter um santuário, para onde são mandados animais que não sobreviveriam na natureza ou que foram aposentados de circos. Então um ambiente muito parecido com o original deles seria replicado. Para uma orca seria um santuário marinho, em que elas nadariam no ritmo do oceano. E o proprietário poderia cobrar entrada. Ver uma baleia assim é tão mais magnífico do que ver uma fazendo truques na piscina.”

Espero que esse post sirva para abrir os olhos e tocar o coração daqueles que realmente amam os animais. Depois de descobrir tantas crueldades vividas nos parques e zoológicos você ainda vai continuar promovendo esse tipo de lugar? Pensem bem, pois esses lugares vivem ás custas daqueles que os financiam. Se todos pararem de frequentar, com certeza serão fechados e finalmente os animais poderão ter uma vida digna e feliz.

Quem puder assista o documentário, infelizmente não está disponível em nenhum site gratuitamente e no you tube somente em inglês. Alerto que são relatos muito tristes, não só da orca Tilikum mas de muitas outras que sofreram e sofrem até hoje por serem mantidas em cativeiros, separadas de seus filhotes e sendo obrigadas a se apresentarem muitas vezes contra sua vontade, para ganhar comida. Mas vale a pena assistir e opinar, pois somente nós humanos podemos mudar a realidade desses animais.

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